antes-visualizacao-noticia

Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Instagram/ Reprodução
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Instagram/ Reprodução

Israel aprovou um acordo para um cessar-fogo nos bombardeios israelenses no Líbano contra o Hezbollah, anunciou nesta terça-feira (26) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A expectativa é que o acordo entre em vigor nesta quarta-feira (27).

O acordo vinha sendo costurado havia semanas com a intermediação dos Estados Unidos e da França.

A proposta em discussão previa a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada das forças israelenses da fronteira sul do Líbano, segundo disseram à agência de notícias de Reuters diplomatas envolvidos na negociação. Por outro lado, o Líbano poderia retornar suas tropas para a fronteira, e o Hezbollah levaria suas armas para o norte do país.

Entre os pontos discutidos nas negociações estava ainda a possibilidade de o Exército israelense poder realizar ataques na fronteira sul do Líbano caso ocorra algum tipo de ameaça.

Na segunda-feira (25), o site de notícias norte-americano Axios afirmou que autoridades dos EUA que participam da negociação haviam chegado a um entendimento com as duas partes. O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, também disse à imprensa local que o acordo poderia sair em breve, mas disse que ainda havia pontos a serem ajustados.

Nesta terça, antes do anúncio do acordo, o Conselho de Segurança israelense se reuniu para definir os pontos do cessar-fogo.

Também nesta terça, as Forças Armadas de Israel emitiram pela primeira ordens de evacuação para partes do centro e da região oeste de Beirute, no Líbano.

O aviso foi expedido minutos antes do início de uma nova leva de ataques.

Enquanto subúrbios no sul da capital libanesa, como Dahiyeh, são considerados reduto Hezbollah, a região central de Beirute é conhecida por reunir uma população mais diversa, com a presença de cristãos e muçulmanos sunitas.

As áreas citadas na ordem de evacuação são ainda próximas a universidades, incluindo duas instituições norte-americanas.

Na segunda-feira, um míssil israelense destruiu um prédio num subúrbio da capital libanesa. De acordo com o exército de Israel, o local seria usado pelo grupo extremista Hezbollah.

No sábado, ataques de Israel no Centro da cidade sem aviso prévio mataram pelo menos 15 pessoas. O Ministério da Saúde do Líbano disse que 63 pessoas ficaram feridas nos ataques de sábado, que foram o quarto no Centro de Beirute em menos de uma semana.

Israel tem realizado uma ofensiva no país contra o Hezbollah desde setembro. No domingo, o grupo lançou cerca de 250 foguetes contra Israel, que disse que a maioria foi interceptada.

Os ataques israelenses já mataram mais de 3.500 pessoas no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Os combates deslocaram cerca de 1,2 milhão de pessoas, ou um quarto da população do Líbano. Do lado israelense, cerca de 90 soldados e quase 50 civis foram mortos em bombardeios no norte de Israel e nos combates.

Fonte: g1

fim-visualizacao-noticia