O juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro, da 8ª Vara Federal de Brasília, determinou o bloqueio de R$ 6,5 milhões de bens de 52 pessoas e sete empresas que financiaram o transporte dos envolvidos nos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios, no último domingo (8).
O pedido foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), que argumentou que a quantia bloqueada seria usada para ressarcir o poder público pelos danos causados às dos três poderes da República – o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Na decisão, o juiz, afirmou que, ainda que os suspeitos não tenham participado diretamente, “é absolutamente plausível a tese da União de que eles, por terem financiado o transporte de milhares de manifestantes que participaram dos eventos ilícitos, fretando dezenas de ônibus interestaduais, concorreram para a consecução dos vultosos danos ao patrimônio público, sendo passíveis, portanto, da bastante responsabilização civil”.
O magistrado também escreveu que “seria previsível que a reunião de milhares de manifestantes com uma pauta exclusivamente raivosa e hostil ao resultado das eleições presidenciais” pudesse resultar em “práticas concretas de violência e de depredação que todos os brasileiros viram”.
No pedido de bloqueio, a AGU informou ainda que pode solicitar valores maiores, na medida em que a contabilidade dos prejuízos aumente.
Valores bloqueados
Os R$ 6,5 milhões bloqueados incluem:
- R$ 3,5 milhões estimados até o momento em danos ao Senado;
- R$ 3,03 milhões contabilizados em prejuízos pela Câmara dos Deputados.
Os valores, portanto, não incluem os prejuízos ao Palácio do Planalto e ao STF – que também devem ultrapassar a casa dos milhões de reais.
Com informações do g1