A juíza Andressa Luara Holanda Rosado Fernandes manteve a prisão em flagrante de João Batista Carvalho Neto, suspeito de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras, em Assú.
O homem passou por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (25), através de uma videoconferência em Caraúbas, onde ele está detido. O suspeito seguirá preso e com prisão convertida em preventiva, conforme decisão da magistrada. Ele ficará detido na cadeia pública de Caraúbas. Segundo a defesa do suspeito, ele seguia em surto na manhã desta quinta-feira.
De acordo com o diretor da Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Lemos, o homem teria a intenção de obter informações sobre a ex através da psicóloga, e para isso queria o celular da vítima para ter acesso as conversas das duas.
O suspeito é um servidor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). A prisão aconteceu em um condomínio de Nova Descoberta, na capital potiguar, no momento em que ele chegava em casa.
O caso
A psicóloga Fabiana Maia Veras foi assassinada na casa onde morava e atendia no bairro Dom Elizeu, no município de Assú, no Rio Grande do Norte. O crime aconteceu na noite desta terça-feira (23) e a vítima foi morta com “requintes de crueldade”.
A Polícia Militar foi acionada através do 190 para checar a informação acerca de um corpo dentro da clínica. Chegando no local, os policiais confirmaram a informação. A vítima estava com as mãos amarradas, amordaçada e com os punhos cortados. Também havia muito sangue no local.
Como o crime aconteceu
Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito de matar a psicóloga entrando na casa da vítima. No vídeo, é possível ver o homem chegando a residência e sendo recebido pela vítima. O suspeito estava encapuzado, usando máscara, óculos, luvas e segurava uma sacola. Ele foi recebido pela vítima por volta das 16h40. As imagens mostram ainda Fabiana conversando com ele normalmente.
Segundo as investigações da Polícia Civil, em seguida, o homem e a mulher entram na suíte da casa, onde o crime aconteceu.
A vítima foi amordaçada e encontrada com cortes nas mãos e em outras partes do corpo.
Ainda segundo a polícia, o homem saiu do quarto, foi até a cozinha e se lavou, retirando bastante sangue. Em seguida, o autor do crime teria ido à porta para ficar à espera de um carro de cor preta, que o levou do local.
O veículo, porém, demorou vários minutos, e durante a espera, o homem voltou para dentro da casa e pegou a sacola com que entrou no imóvel e que possivelmente continha a arma usada no crime.