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Justiça nega pedido de indenização feito por Bolsonaro e Michelle a Lula por ‘sumiço’ de móveis

Casal Bolsonaro foi acusado de sumir com móveis do Alvorada e pediu indenização ao presidente Lula, na foto ao lado da primeira-dama Janja da Silva - Foto: Alan Santos / Ricardo Stuckert
Casal Bolsonaro foi acusado de sumir com móveis do Alvorada e pediu indenização ao presidente Lula, na foto ao lado da primeira-dama Janja da Silva - Foto: Alan Santos / Ricardo Stuckert

O Juizado Especial Cível do Distrito Federal negou nesta terça-feira (2) a ação apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retrate após os móveis que supostamente estavam desaparecidos do Palácio da Alvorada terem sido encontrados na própria residência oficial. O casal também pedia uma indenização de R$ 20 mil por danos morais.

A juíza Gláucia Barbosa Rizzo da Silva arquivou o processo, argumentando que Lula não poderia ser responsabilizado na ação, já que as declarações ocorreram enquanto ele ocupa o cargo de presidente da República e estão relacionadas aos móveis vinculados ao Alvorada, ou seja, ao patrimônio público.

A juíza entendeu que a responsabilidade por eventuais danos causados por suas declarações recai sobre a União, não sobre Lula pessoalmente. Portanto, a ação deveria ser movida contra o Estado. Além disso, a magistrada apontou que a ação movida por Bolsonaro não é adequada para os Juizados Especiais Cíveis.

Os 261 itens foram localizados pelo governo no ano passado, 10 meses após declarado o “sumiço” deles. No início de 2022, logo após a posse, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, acusaram o desaparecimento de objetos após a saída de Bolsonaro e Michelle do Alvorada. Também divulgaram o mau estado de conservação que afirmaram ter recebido a residência presidencial.

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