
O lockdown (bloqueio total) dos serviços não essenciais na Região Metropolitana de São Luís para conter a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, entra em vigor nesta terça-feira (5). A determinação judicial vale por dez dias na capital e em outros três municípios: Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. A população deve seguir as medidas de restrição, sob pena de multa.
A medida – primeiro caso de lockdown no Brasil – foi decretada pela Justiça na quinta-feira (30) para conter o rápido avanço da pandemia de Covid-19 na região. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que o Maranhão é o estado que apresenta maior ritmo de crescimento no número de mortos por Covid-19 no país. Em outros locais, a adoção restrições semelhantes também é cogitada, caso de Belém, Recife e Santa Rita (PB).
Até a noite desta segunda-feira (4), o Maranhão havia registrado 4.530 pessoas infectadas e 271 óbitos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O que prevê o lockdown no Maranhão:
- Suspensão das atividades não essenciais, com exceção de serviços de alimentação, farmácias, portos e indústrias que trabalham em turnos de 24 horas.
- Bancos e lotéricas abrem apenas para o pagamento do auxílio emergencial, salários e benefícios sem lotação máxima nesses ambientes, com organização de filas.
- Proibição da entrada e saída de veículos por dez dias, com exceção para caminhões, ambulâncias, veículos transportando pessoas para atendimento de saúde e atividades de segurança.
- Suspensão da circulação de veículos particulares, sendo autorizados somente a saída para compra de alimentos ou medicamentos, para transporte de pessoas e atendimento de saúde, serviços de segurança ou considerados essenciais.
- Limitação da circulação de pessoas em espaços públicos.
- Proibição de qualquer aglomeração de pessoas em local público ou privado, para realização de eventos como shows, congressos, torneios, jogos, festas e similares
- É obrigatório o uso de máscara em todos os locais públicos e de uso coletivo, ainda que privados.
Quem não cumprir as regras do lockdown estará sujeito a advertência, multa ou interdição parcial ou total do estabelecimento, no caso de empresas.
Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (4), o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou: “Pelo que tenho percebido, nós temos uma boa aceitação das medidas, e esse é o nosso principal trunfo. Mas teremos também o aparato coercitivo, legítimo, que são as forças policiais, tudo isso com a autoridade do poder judiciário, que foi o autor da decisão”.
Fonte: G1