À frente do Ministério dos Direitos Humanos desde o dia 9 de setembro, Macaé Evaristo tomou posse no cargo nesta sexta-feira (27), em cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova ministra afirmou que o ministério “está de pé e está vivo” e que a sociedade brasileira enxerga a proteção dos direitos humanos como “defender bandido”.
Lula desceu a rampa do terceiro andar para o segundo abraçado com Macaé, ao lado da primeira-dama Janja e acompanhado pelas ministras Anielle Franco (Igualdadade Racial), Esther Dweck (Gestão), Marina Silva (Meio Ambiente) e Cida Gonçalves (Mulheres).
O presidente também fez questão de levar para o palanque apenas mulheres, completando a fileira a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) sentaram-se junto ao público.
“O senhor, presidente, me delega um desafio gigante. Coordenar o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. (…) infelizmente, na nossa sociedade brasileira, muita gente tem uma concepção de que direitos humanos é uma coisa de quem defende bandido. E a gente tem um desafio fundamental de construir a ação desse ministério”, declarou Evaristo.
Evaristo é a sucessora de Silvio de Almeida, que deixou o comando da pasta após ser acusado de assédio sexual, o que ele nega.
Durante o discurso de posse, a nova titular reforçou a importância de garantir os direitos humanos das mulheres brasileiras, sobretudo negras e que vêm de comunidades, que representam as “famílias brasileiras”.
Perfil da ministra
Deputada estadual pelo PT em Belo Horizonte, Macaé Evaristo é professora de formação e começou sua carreira política enquanto secretária municipal de Educação em 2005.
Foi secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação em 2013 no governo Dilma Rousseff (PT). Entre 2015 e 2018, foi secretária de Educação na gestão estadual do governador Fernando Pimentel. Seu primeiro cargo eletivo foi de vereadora de Belo Horizonte, em 2020.
Fonte: O Globo