Representantes de movimentos sociais e do movimento negro fizeram um ato na manhã deste sábado (5), em Natal, para pedir justiça para os responsáveis pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, morto a pauladas no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Os participantes do ato se reuniram na esquina da Avenida Rio Branco com a Avenida João Pessoa , um dos trechos mais movimentados no centro comercial de Natal, por volta das 9h.
Os manifestantes usavam máscaras e fizeram discursos contra o racismo e a xenofobia. Muitos vestiam camisa antirracistas.
Manifestações semelhantes ocorrem em outras cidades brasileiras neste sábado, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e Brasília.
O congolês foi vítima de uma sequência de agressões, segundo a família, após ter cobrado dois dias de pagamento atrasado no quiosque. O corpo dele achado amarrado em uma escada.
Para a polícia, entretanto, a confusão e, em seguida, o espancamento não aconteceram por conta da suposta dívida. A motivação do crime ainda é investigada por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital.
Atualmente, três agressores flagrados pelas imagens de uma câmera de segurança do quiosque estão presos pelo crime. A polícia, a princípio, os indiciou por homicídio duplamente qualificado.
Uma testemunha que viu o espancamento de Moïse contou que os agressores disseram para ela não olhar porque o homem que estava apanhando com um porrete de madeira era um assaltante.
Ela disse ainda que os autores mentiram para os socorristas, afirmando que o corpo já estava no local do crime.
Fonte: g1