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Megaoperação após morte do prefeito de João Dias termina com 12 presos no Alto Oeste Potiguar

Armas apreendidas durante operação em Antônio Martins, no Alto Oeste potiguar - Foto: Reprodução
Armas apreendidas durante operação em Antônio Martins, no Alto Oeste potiguar - Foto: Reprodução

Uma megaoperação deflagrada pelas polícias Civil e Militar nesta terça-feira (27), após o assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira (União), e do pai dele, Sandi Alves de Oliveira, resultou na prisão de 12 pessoas no Alto Oeste Potiguar.

Os detalhes da operação foram divulgados nesta quarta-feira (28) em uma entrevista coletiva da cúpula da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed).

As prisões ocorreram menos de oito horas após os assassinatos, em duas ações distintas.

Na primeira ação, foram presos na zona rural do município de João Dias dois suspeitos de envolvimento direto (um por execução e outro taxista que teria dado fuga para os criminosos). Eles estavam em um carro junto com outras 2 pessoas, que conseguiram fugir durante a abordagem policial. Uma arma foi encontrada dentro do veículo abandonado.

Já na segunda ação, realizada em uma propriedade rural na cidade vizinha de Antônio Martins, outras 10 pessoas foram presas, suspeitas de formação de milícia privada para “vingar“ a morte do prefeito e do pai dele. Segundo os investigadores, no grupo havia 3 policiais militares, sendo 2 do Rio Grande do Norte e um do Ceará. Entre os outros 7 presos, havia ainda 1 irmão do prefeito.

Essa segunda ação em Antônio Martins, segundo os investigadores, foi para evitar um grande “derramamento de sangue”, isto é, mortes de pessoas supostamente envolvidas com o crime contra Marcelo Oliveira e Sandi Alves, como vingança. No local, foram encontradas 13 armas de fogo, incluindo armamentos de grosso calibre, como fuzis.

“Importante ressaltar o empenho dos policiais em dar uma resposta rápida. Em menos de oito horas após o crime, conseguimos prender suspeitos e tirar muitas armas de circulação. Mas também é importante dizer que os esforços continuam”, acrescentou o secretário de Segurança, coronel Francisco Araújo.

Investigações continuam

Durante a coletiva, o delegado Alex Wagner, diretor da Divisão de Polícia Civil do Oeste (Divipoe), reforçou que as investigações continuam na região, em razão da fuga de outros dois suspeitos que estavam no mesmo veículo com os dois presos por participação direta. “O helicóptero Potiguar 01, aeronave da Sesed, segue dando apoio aéreo às buscas”, acrescentou o coronel Niltoildo Dantas, comandante do policiamento militar na região.

Já com os outros dez presos, que estavam em dois veículos e foram detidos em uma ocasião distinta, foram aprendidos um fuzil, espingardas, pistolas e revólveres. “Evitamos um derramamento de sangue na cidade. O grupo, muito provavelmente, tentaria se vingar da morte do prefeito”, destacou o delegado.

O crime

Candidato à reeleição pelo União Brasil no município de João Dias (RN), Marcelo Oliveira morreu após ser baleado na manhã desta terça-feira (27) em um atentado. O crime aconteceu no próprio município, que fica no Alto Oeste potiguar, localizado a cerca de 365 km de Natal.

O prefeito foi levado para um hospital em Catolé do Rocha, na Paraíba, que fica a 15 km de distância, mas ele não resistiu aos ferimentos.

No mesmo atentado, o pai do prefeito, Sandi Alves de Oliveira, também foi atingido e morreu ainda no local. Ele foi baleado na cabeça.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed), as circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas. “A motivação também está sendo investigada”, afirma a pasta.

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