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Moro minimiza doação de Alberto Youssef para Alvaro Dias

Ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sérgio Moro (Podemos) saiu em defesa de seu aliado, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR). Foto: Reprodução

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sérgio Moro (Podemos) saiu em defesa de seu aliado, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), beneficiado por doação eleitoral do doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato. “Eu nem conhecia o senador. Ninguém sabia quem era Alberto Youssef na época (final dos anos 1990)”, disse. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 28, durante entrevista à Rádio Capital FM, do Mato Grosso.

A doação foi divulgada pela Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, Youssef ajudou a financiar uma das campanhas eleitorais de Dias, em 1998, na época em que o senador estava no PSDB. A doação no valor de R$ 21 mil (o equivalente a R$ 88 mil em valores atualizados) foi feita por meio de duas empresas do doleiro, um dos principais operadores identificados na Lava Jato.

O tema veio a tona em 2001 com o depoimento de ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, durante investigação sobre desvio de dinheiro da Prefeitura do município, episódio em que Youssef estava envolvido também. Segundo Paolicchi, a campanha do senador Alvaro ao Senado teria sido beneficiada com esse desvio.

Posteriormente, em 2015, Youssef admitiu em depoimento concedido à CPI da Petrobras que financiou parte de campanha de Dias com verba pública de Maringá. Dois anos depois, o doleiro foi condenado por envolvimento em desvios na prefeitura da cidade.

Procurado, o senador Alvaro Dias afirmou que o assunto é “velho” e que as denúncias de financiamiento de campanha com dinheiro público foram arquivadas pelo Ministério Público do Paraná, em 2004, após a não confirmação dos fatos.

Operação Lava Jato

Moro afirmou à rádio que essas informações estão aparecendo porque “não se tem o que falar” sobre o seu trabalho no combate à corrupção e na liderança da Operação Lava Jato, defendendo sua atuação durante as investigações.

Quanto à relação com o doleiro, Moro resumiu: “eu prendi ele duas vezes e, se eu não tivesse feito isso, ele nunca teria respondido pelos seus crimes”.

Fonte: Estadão

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