O Núcleo Museológico do projeto “Rampa – Arte Museu Paisagem”, em Santos Reis, está em busca de histórias que ajudem a compor um grande acervo de memórias do lugar. Para isso, foi criado um canal de comunicação direta com o núcleo, via Whatsapp, onde todos poderão compartilhar essas histórias. O projeto, que está programado para ser entregue ao público no primeiro semestre de 2022, pretende incorporar ao acervo, uma série de depoimentos relatados por quem vive ou viveu na área ocupada pelo complexo cultural.
Para reforçar a identidade dessa parte da cidade, deverão participar pessoas que trabalharam na Rampa, viveram momentos marcantes que envolvem o espaço, ou possuem qualquer outra lembrança do local. Os interessados em compartilhar suas vivências já podem entrar em contato pelo WhatsApp (99191-9680). O Núcleo Museológico pede também que as pessoas indiquem conhecidos que possam ter essas informações. A ideia é recuperar “nós históricos” através de registros de memórias de Santos Reis, e também Rocas e Ribeira.
A coordenadora do núcleo museológico, Marília Bonas, explica que o acervo também será composto por referências patrimoniais em ambiente digital. A equipe está documentando e mapeando as ocupações do território não só por arquivos históricos e publicações, mas também pelas vozes de moradores e trabalhadores. Este deverá ser um dos principais núcleos de testemunhos do acervo a ser disponibilizado na plataforma digital.
“Nesse contexto, o protagonismo de pescadores, marisqueiros e de todo comércio pesqueiro é indiscutível – não só na perspectiva histórica, mas como principal cadeia produtiva a ser visibilizada, apoiada e potencializada em seus saberes e fazeres”, explicou. Marília Bonas é uma profissional com reconhecido trabalho na área de museologia, sendo hoje diretora técnica do Museu da Língua Portuguesa e do Museu do Futebol.
“O complexo não será um museu de artes visuais, mas um museu de memórias sobre o voar. Ele valorizará a pluralidade”, declarou Gustavo Wanderley, curador e coordenador geral do projeto. Localizado na antiga edificação que foi totalmente reformada pelo Governo do Estado, o Complexo Rampa é tido como um dos maiores equipamentos culturais em desenvolvimento no país, atualmente. A área de 11 mil m² compreende duas salas de exposição, salas educativas, café e restaurante, recepção, bilheteria, área externa para eventos, estacionamento, e a calçada com visão privilegiada do rio.
O projeto está dividido em duas fases e será viabilizado através da Lei Câmara Cascudo de renúncia fiscal. A primeira fase, em andamento, inclui as pesquisas do núcleo museológico, a elaboração de um programa educativo, a montagem de uma exposição temporária, além de estudos e consultorias que vão definir o mais adequado modelo de gestão do complexo.
A segunda etapa compreende as obras de grande escala construídas no local de exibição; a aquisição de obras e projetos a partir de edital público, selecionados por uma curadoria; exposição de longa duração inédita que ocupará 600m², em cinco módulos; obras de arte comissionadas, feitas sob encomenda, a partir de pedido específico dos curadores; obras de arte réplicas, para representar máquinas de vôo; além de consultorias técnicas. Ao todo, 23 artistas brasileiros estarão presentes no Complexo com obras inéditas, sendo, pelo menos, nove artistas locais.
Serviço:
Depoimentos de vivências ao Complexo Rampa. Pelo 99191-9680 (Whatsapp).
Fonte: Tribuna do Norte