Além de prender 9 pessoas suspeitas de arquitetar o sequestro e a morte de agentes públicos brasileiros, entre eles o senador Sergio Moro (União Brasil), a Operação Sequaz, deflagrada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal, apreendeu diversos itens.
Ao todo, a operação cumpre 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
O objetivo da operação era desarticular o plano feito pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A PF descobriu um esconderijo no qual o grupo do PCC que planejava o sequestro e a morte de autoridades. O grupo é conhecido como sintonia restrita.
Durante o cumprimento das ações judiciais, os investigadores apreenderam carros de luxo, motos e malotes com documentos e um cofre com dinheiro.
Segundo as investigações, Moro entrou na mira da facção quando, durante o cargo de ministro de Segurança Pública de Jair Bolsonaro, transferiu o chefe do esquema para presídios de segurança máxima, com o objetivo de enfraquecer a comunicação entre organizações criminosas no sistema penitenciário brasileiro.
Ao longo dos planos de retaliação, o grupo alugou chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Moro, além de monitorar a própria família do parlamentar meses a fio.
Além do senador, outro alvo do grupo era o policial Lincoln Gakyia, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), localizado em Presidente Prudente (SP). A Polícia Federal constatou que, junto dos assassinatos, a organização planejava o sequestro das autoridades públicas.