Policiais civis iniciaram nesta terça-feira (23) uma paralisação em todo o Rio Grande do Norte. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia na noite desta segunda-feira (22), após uma nova rodada de negociação com o Governo do Estado, que terminou sem acordo.
Além de paralisar as atividades, a categoria iniciou um acampamento em frente à Central de Flagrantes, em Natal. Eles querem ser recebidos por representantes do governo ainda nesta terça-feira, para discutir uma nova proposta.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Nilton Arruda, com a paralisação, nenhuma delegacia – nem as de plantão – vai funcionar no Estado nesta terça, assim como nenhum policial civil vai trabalhar sequer para o cadastro de boletins de ocorrência on-line.
Veja vídeo:
Policiais civis do RN iniciam paralisação, delegacias fecham e categoria acampa na Central de Flagrantes
— 98 FM Natal (@98FMNatal) April 23, 2024
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Nilton Arruda, com a paralisação, nenhuma delegacia – nem as de plantão – vai funcionar no Estado nesta terça. pic.twitter.com/68uBu7W3fB
A categoria cobra reajuste salarial. A última proposta formalizada junto ao governo consiste em um reajuste de 5% em janeiro e outro de 5% em abril de 2025. O governo ofereceu apenas 5,3% para o próximo ano.
A Polícia Civil ainda não informou a lista de serviços afetados e quais as orientações para a população que precisa deles. Também não disse como vão funcionar os flagrantes e os atendimentos em locais de crimes como homicídios.
Reajuste para militares
A insatisfação dos policiais civis aumentou depois que policiais e bombeiros militares fecharam, nesta segunda-feira, um acordo com o Governo do Estado para reajustes salariais progressivos. No caso dos militares, o acordo prevê um reajuste salarial de 8% em janeiro de 2025 e outro de 5% em janeiro de 2026, mais a reposição da inflação em abril do próximo ano e no seguinte. Com isso, a categoria estima 22,5% de aumento consolidado até abril de 2026.