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Presidente da Petrobras vê “crise fabricada”, segundo interlocutores

Há meses, decisões de Prates são criticadas por ministros do próprio governo

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conversa com jornalistas ao lado do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, vive a agonia da espera para saber se será ou não demitido. Ele deve se reunir nos próximos dias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e descobrir se o que dizem autoridades do governo, reservadamente, coincide com o que tem na cabeça o chefe do Poder Executivo.

Há meses, decisões de Prates são criticadas por ministros do próprio governo. Mas o que corria apenas nos bastidores rompeu barreiras da discrição. Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o da Casa Civil, Rui Costa, externam a quem quiser ouvir suas insatisfações com a atual gestão, especialmente por divergências sobre o papel social que deveria ter a petroleira.

Segundo relatos de interlocutores que falaram com Prates, ele vê uma “crise fabricada”, “crise encomendada” para derrubá-lo do cargo por gente que quer tomar a posição.

A Petrobras não estaria em crise antes dessa confusão. E argumenta que a empresa teve o segundo melhor resultado da história sem vender ativos, vai distribuir dividendos, sem escândalos de corrupção, sem indícios de favorecimento.

Nos corredores da diretoria da Petrobras a pergunta é: “a quem interessa esta crise”?

Outra expressão ouvida por interlocutores de Prates foi que estavam tentando “criar  fantasmas” de que a Petrobras estaria causando incômodos” e “factoides absurdos”.

Prates caiu na provocação do fogo amigo dentro do próprio governo. Pediu reunião de arbitragem com Lula, em busca de apoio. O pedido soou como um ultimato e o presidente não gostou.

Fabricada ou não, a crise se instalou para valer na cúpula para a Petrobras.

Fonte: CNN

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