
Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte decidiram manter a paralisação da categoria, que vai completar um mês nesta terça-feira (25). Por ampla maioria, os educadores rejeitaram a última proposta efetuada pelo Governo do Estado para o reajuste salarial de 2025.
A decisão de continuar em greve aconteceu nesta segunda-feira (24) em assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) na Escola Estadual Winston Churchill, na Cidade Alta, em Natal.
A última proposta do governo foi apresentada durante reunião na Governadoria na última sexta-feira (21). Pela proposta, o reajuste salarial de 6,27% referente ao piso nacional de 2025, será aplicado em duas parcelas: 4,83% em abril e 1,44% em dezembro, e efeitos financeiros a partir dos respectivos meses de implantação.
Durante a assembleia, os professores decidiram apresentar a seguinte contraproposta: 4,83% em abril e 1,44% em maio. Além da quitação dos retroativos referentes aos anos de 2023, 2024 e 2025 a partir de julho de 2025.
Com esse reajuste, a categoria acumula, entre 2019 e 2025, um ganho salarial de 98,25%.
A categoria decidiu também, nesta segunda-feira, que uma nova assembleia geral vai acontecer na próxima segunda-feira (31). Antes, no dia 27 (quinta-feira), haverá uma manifestação na Avenida Senador Salgado Filho, com caminhada do Shopping Midway Mall e a Governadoria.
Fórmula de reajuste
Vale lembrar que, pela legislação federal, o Rio Grande do Norte só seria obrigado a pagar o novo piso salarial dos professores, definido pelo Ministério da Educação.
No entanto, por força de lei estadual, o mesmo índice de reajuste dado ao piso precisa ser aplicado em toda a carreira. Na semana passada, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou a forma de cálculo, derrubando tese do Ministério Público.