O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou considerar fundamental o avanço na aplicação das doses de reforço contra a Covid-19. No entanto, ele declarou que a decisão sobre a aplicação da quarta dose das vacinas deve ser acompanhada de evidências científicas.
“Essa ansiedade em querer aplicar essa quarta dose sem evidência científica também não ajuda o enfrentamento a pandemia. É fundamental avançar na dose de reforço. Tenho dito e reitero. O Comitê Técnico que apoia o Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) está analisando todas essas questões. Quando houver evidência científica suficiente, o grupo técnico vai orientar”, disse Queiroga.
O ministrou afirmou, ainda, que a pasta “não tem compromisso de distribuir doses de vacina que sejam em desconformidade com o decidido na área técnica”.
Na quarta-feira (9), o Ministério da Saúde recomendou a dose de reforço aos adolescentes imunocomprometidos. A orientação, que inclui jovens entre 12 e 17 anos que se encaixam nesse grupo prioritário, foi publicada em nota técnica.
A orientação do ministério é de que o esquema primário de vacinação desse grupo seja feito com três doses – primeira, segunda e a dose adicional – com intervalo de oito semanas entre elas. Após a conclusão desse esquema, é recomendada ainda uma dose de reforço quatro meses após a terceira dose (ou dose adicional).
A mesma orientação está em vigência desde dezembro para a população adulta, com mais de 18 anos, com alto grau de imunossupressão.
São Paulo irá aplicar quarta dose
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou em uma entrevista na quarta-feira (9) que o estado irá adotar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 “independentemente de haver, ou não, recomendação do Ministério da Saúde”.
Segundo o coordenador-executivo do Comitê Científico da Covid-19, João Gabbardo, a data de início da aplicação da quarta dose poderá ser definida nesta quinta-feira (10), em reunião do Programa Estadual de Imunizações.
Fonte: CNN