Servidores da Emater denunciam assédio moral e má gestão e cobram saída de diretor; cargos são entregues

Servidores da Emater entregaram suas cartas de renúncia nesta segunda-feira (24) - Foto: Assema / Reprodução
Servidores da Emater entregaram suas cartas de renúncia nesta segunda-feira (24) - Foto: Assema / Reprodução

Servidores da Emater, órgão do Governo do Estado que presta assistência a produtores rurais, cobram a saída do diretor-geral da instituição, César Oliveira. Nos últimos dias, em protesto, funcionários pediram exoneração de seus cargos comissionados para chamar a atenção da governadora Fátima Bezerra (PT) para os atos de assédio moral.

De acordo com a Assema, entidade que representa servidores da Emater, as queixas contra César Oliveira são compartilhadas por quase todos os 400 funcionários da instituição. Alguns deles, inclusive, estariam adoecendo por causa da pressão exercida pelo diretor-geral.

O movimento começou na semana passada, quando quatro funcionários da alta direção da Emater pediram exoneração de seus cargos de confiança. Foram eles: o coordenador de Planejamento (Gustavo Cunha) e os subcoordenadores de Crédito (Alberto Hudson), Pecuária (Edson Zumba), Agroecologia e Convivência com o Semiárido (Adriana Américo).

Nesta segunda-feira (24), a situação se agravou e outros 20 servidores entregaram suas cartas de renúncia. Os funcionários trabalham nas regionais da Emater em Assú, São Paulo do Potengi, João Câmara, São José de Mipibu, Currais Novos e Caicó – seis dos dez escritórios regionais da Emater existentes no RN. Eles atuam em áreas como Crédito, Agroecologia, Mercados e Pecuária.

Coordenador e subcoordenadores da Emater entregaram suas cartas de renúncia na semana passada – Foto: Assema / Reprodução

Quais as reclamações

Entre outras queixas, os servidores reclamam que o diretor-geral, César Oliveira, tem feito “ingerência” na atividade técnica desenvolvida pelos funcionários. Além disso, reclamam de “perseguição”, falta de valorização do corpo técnico e má gestão da entidade, com “apagamento institucional”.

A associação dos servidores cita também de remoções arbitrárias de servidores, difícil ambiente institucional, inoperência, omissão na participação de importantes eventos voltados à agricultura familiar no País, veículos com documentação atrasada e sem manutenção, inércia na resolução de problemas institucionais, e sucateamento geral da Emater nos municípios onde atua e na sede estadual.

A 98 FM procurou a Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, mas não recebeu resposta até a última atualização deste texto.