Trabalhadores da empresa JMT que prestam serviços no setor de Nutrição do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel iniciaram uma paralisação nesta terça-feira (21). A categoria reclama que ainda não recebeu os salários de dezembro de 2024. A empresa é contratada pelo Governo do Estado para ofertar a mão de obra.
Profissionais da higienização e da lavanderia, além de maqueiros e vigilantes, relatam que também estão com salários atrasados, mas não aderiram à paralisação até agora.
Além de paralisarem atividades, servidores fizeram um protesto em frente ao hospital nesta terça-feira. Eles chegaram a bloquear parcialmente o trânsito na Avenida Senador Salgado Filho.
Por causa da paralisação, os trabalhadores da saúde e acompanhantes ficaram com a alimentação prejudicada nesta terça-feira (21).
O Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde) emitiu uma nota nesta terça-feira lamentando a situação e cobrando uma resposta do governo estadual. “Não basta o Governo do Estado terceirizar os serviços. Ainda faz a contratação de várias empresas diferentes, como forma de dividir e impossibilitar uma luta conjunta desses trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde.
O Sindsaúde denuncia, ainda, assédio moral dentro do Walfredo Gurgel, praticado por supervisores, em função da paralisação. “Muitas vezes, as jornadas nos locais de trabalho são dificultadas com o intuito de calar a categoria”, afirma o sindicato.
O que diz o governo
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) diz que teve uma reunião nesta segunda-feira (20) com representantes dos trabalhadores da JMT para informar que o pagamento será realizado até o fim desta semana. Representantes da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), responsável pelos pagamentos, também participaram do encontro.
“A gestão segue monitorando a situação para evitar quaisquer problemas no atendimento à população na unidade”, afirma a Sesap.