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Sidônio Palmeira assume Secom com desafio de aumentar popularidade de Lula

Sidônio Palmeira assume Secom com desafio de aumentar popularidade de Lula - Foto: Ricardo Stuckert

O novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Sidônio Palmeira, assume oficialmente, a partir desta semana, o desafio de recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até as eleições de 2026. A troca no setor se não dá nenhum momento de maior desconfiança dos agentes financeiros em meio a um desequilíbrio fiscal. Mudanças nas redes sociais também podem dificultar a ocorrência da gestão petista.

A posse do publicitário como ministro será realizada às 11h desta terça-feira (14), no Palácio do Planalto. De perfil discreto e avesso a holofotes, Sidônio não queria uma cerimônia, mas Lula fez questão de que sua chegada ao governo fosse marcada por um ato público.

Responsável pelo marketing da campanha vitoriosa do petista em 2022, Sidônio tem atuado como conselheiro do presidente desde o início de seu 3º mandato, em 2023. Intensificou sua presença no Planalto nos últimos meses. Elaborando uma estratégia de divulgação do pacote de corte de gastos, em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad , anunciou as medidas em um pronunciamento veiculado na rede nacional de rádio e televisão, em 27 de novembro.

Em dezembro, produziu e participou da gravação de um vídeo  em que Lula aparece ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Na sua fala, o petista disse que o seu governo nunca interferirá nas decisões da autoridade monetária e garantiu autonomia ao Galípolo.

Na semana passada, logo depois de ter sido anunciada a carga, Sidônio coordenou a ocorrência de um vídeo falso com imagens modificadas por inteligência artificial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendendo a cobrança de imposto no Pix.

Novo perfil

O publicitário era a 1ª opção de Lula para a Secom quando começou a montar o seu 3º governo, em 2022. Mas o marqueteiro decidiu o cargo porque não queria deixar sua agência, a Leiaute Comunicação, e outros negócios na Bahia. Preferiu se manter como um consultor informal.

Embora pudesse dar palpites e conselhos, Sidônio não deu a palavra final nas decisões da Secom, prerrogativa do titular da secretaria, Paulo Pimenta. Agora, será responsabilidade sua remodelar a comunicação do governo para fazer com que a percepção da população sobre os feitos positivos da gestão Lula melhore. Deve também tentar buscar uma marca para o 3º mandato do petista. Aliados do presidente apontam que a diferença agora, com a mudança, é que Sidônio poderá imprimir seu estilo, considerado mais pragmático e objetivo.

Na semana passada, em conversa com jornalistas, defendeu uma maior proximidade de Lula com a imprensa, por meio de entrevistas e conversas, e mais participação do presidente e de ministros nas redes sociais oficiais para mostrar ações do governo.

Lula está insatisfeito com a comunicação de seu governo desde o início de 2024, mas intensificou suas reclamações no fim do ano. A fala mais dura sobre o assunto foi feita em 6 de dezembro durante o seminário do PT. Na ocasião, o presidente disse que houve erros em sua área e que seria obrigado a fazer mudanças. A fala foi vista por petistas como uma “demissão pública” de Pimenta.

Fonte: Poder 360

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