antes-visualizacao-noticia

Sindicalista diz que professores foram “desrespeitados” pelo Governo Fátima e crê em grande adesão à greve

Sindicalista Bruno Vital comentou decisão do Sinte de aprovar greve na rede estadual de ensino - Foto: Reprodução
Sindicalista Bruno Vital comentou decisão do Sinte de aprovar greve na rede estadual de ensino - Foto: Reprodução

Os professores da rede estadual de ensino estão se sentindo “desrespeitados” pela gestão da governadora Fátima Bezerra (PT). Por causa disso, segundo Bruno Vital, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), a expectativa é que a greve aprovada em assembleia nesta quarta-feira (19) tenha ampla adesão.

“Nós entendemos que a categoria vai ter uma grande adesão à greve no Estado, inclusive com a paralisação massiva das escolas, impactando, obviamente, o serviço de educação. Tanto a paralisação dos professores, como a paralisação também dos funcionários de educação. E a duração desse processo vai depender da forma como o governo também vai tratar a categoria daqui para frente”, afirmou Vital, em entrevista à 98 FM.

O sindicalista declarou que o Governo Fátima está tentando desmontar um direito que a categoria conquistou nos últimos anos: que foi a aplicação de reajuste para toda a carreira no mesmo percentual do aumento do piso nacional do magistério – que é definido anualmente pelo Ministério da Educação (MEC). Neste ano, o índice é de 6,27%.

A governadora Fátima Bezerra sempre defendeu que o reajuste do piso fosse aplicado para toda a carreira. Isso está previsto em uma lei estadual de 2006. Para 2025, no entanto, o governo não garante conceder o aumento, usando como argumento uma decisão judicial que impediu o pagamento do retroativo do reajuste de 2023. Com isso, a gestão estadual só tem assegurado a aplicação dos 6,27% apenas para quem ganha abaixo do piso: R$ 4.867,77.

“Nós fomos bastante desrespeitados, nesse último período, pelo Governo do Estado, que começou esse processo trazendo a suspensão de um direito que nós tínhamos construído ao longo dos anos, que era a garantia da aplicação do (reajuste do) piso salarial para todo mundo, na carreira de todos os professores do Estado. E há uma modificação nessa perspectiva na última audiência, mas ainda não há uma proposta que seja razoável para que a categoria possa acatar”, declarou o coordenador do Sinte.

Greve

Os professores da rede estadual de ensino aprovaram nesta quarta-feira (19) um indicativo de greve por tempo indeterminado. A decisão aconteceu em assembleia do Sinte no Centro Administrativo do Estado, em frente à Governadoria.

O indicativo de greve significa que a maioria da categoria concorda com a paralisação. A data do início do movimento, porém, ainda será definida pelo sindicato em outra assembleia que ocorrerá em 25 de fevereiro, às 14h.

fim-visualizacao-noticia