
Em publicação nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou durante o julgamento do Supremo Tribunal Federal que acolheu, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete por tentativa de golpe de Estado. Ele afirmou que a Corte realiza um “julgamento político”, e também criticou o relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que este busca vingança por meio de sua possível prisão.
“Todos dizem que o processo se encerrará até o final de 2025, mesmo não havendo precedentes para tamanha celeridade em um caso dessa dimensão. E por quê? Porque todos sabem que o que está em curso é, na verdade, uma espécie de atentado jurídico à democracia: um julgamento político, conduzido de forma parcial, enviesada e abertamente injusta por um relator completamente comprometido e suspeito, cujo objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas“, disse.
Na postagem, Bolsonaro criticou a celeridade do processo, comparando com os trâmites judiciais do Mensalão e da Operação Lava-Jato. Para o ex-presidente, a intenção do Supremo é “interferir na dinâmica política e eleitoral do país”, impedindo sua participação nas eleições de 2026.
Sobre o cenário eleitoral, ele afirmou que, como candidato, sua vitória e a conquista da maioria de senadores apoiadores “são resultados inescapáveis”. Bolsonaro disse ainda que “a comunidade internacional acompanha de perto o que está acontecendo no Brasil”.
Leia a declaração na íntegra abaixo:
- “Estão com pressa. Muita pressa. O processo contra mim avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do Mensalão e pelo menos 10 vezes mais rápida que o de Lula na Lava Jato.
- E o motivo? Nem tentam mais esconder. A própria imprensa noticia, abertamente e sem rodeios, que a motivação não é jurídica, mas política: o tribunal tenta evitar que eu seja julgado em 2026, pois querem impedir que eu chegue livre às eleições porque sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer.
- A julgar pelo que lemos na imprensa, estamos diante de um julgamento com data, alvo e resultado definidos de antemão. Algo que seria um teatro processual disfarçado de Justiça – não um processo penal, mas um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país.
- Todos dizem que o processo se encerrará até o final de 2025, mesmo não havendo precedentes para tamanha celeridade em um caso dessa dimensão. E por quê? Porque todos sabem que o que está em curso é, na verdade, uma espécie de atentado jurídico à democracia: um julgamento político, conduzido de forma parcial, enviesada e abertamente injusta por um relator completamente comprometido e suspeito, cujo objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas. Porque todos sabem que, com meu nome na disputa, minha vitória e a conquista da maioria no Senado são resultados inescapáveis. Simples assim.
- A ironia é que, quanto mais atropelam regras, prazos e garantias para tentar me eliminar, mais escancarado fica o medo que eles têm das urnas e da vontade do povo. Se realmente acreditassem na democracia que dizem defender, me enfrentariam no voto, não no tapetão.
- Mas não pensem que o mundo não está atento. A comunidade internacional acompanha de perto o que está acontecendo no Brasil. Juristas, diplomatas e lideranças políticas já reconhecem o padrão: é o mesmo roteiro que se viu na Nicarágua e na Venezuela. Perseguição seletiva, acusações vagas de “extremismo” ou de “ameaça à democracia” e a tentativa de eliminar a oposição por via judicial”.