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Taveira promete escolher candidato à sucessão ainda este ano, cita nomes, descarta outros e diz qual será o perfil: “Primeira coisa é lealdade”

Prefeito de Parnamirim fala sobre disputa de 2024, projeta mandato de Taveira Jr. e fala sobre relações com governos estadual e federal

Prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira (Republicanos), em entrevista ao PORTAL DA 98 FM - Foto: Tiago Rebolo / 98 FM
Tiago Rebolo
Da Redação da 98 FM

O prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira (Republicanos), pretende definir até o fim deste ano quem receberá seu apoio na disputa municipal de 2024. Impossibilitado de concorrer à reeleição, o prefeito quer escolher seu sucessor com um ano de antecedência para dar tempo de o nome ir ganhando aceitação.

“Com certeza a gente vai ter um candidato. Vou decidir no segundo semestre, para não ficar muito perto da eleição e para a gente começar a trabalhar”, afirma o prefeito, em entrevista ao PORTAL DA 98 FM.

Perguntado sobre os nomes que vêm sendo ventilados como pré-candidatos, Taveira só descarta um: o do secretário-chefe do Gabinete Civil, Homero Grec Cruz Sá. O prefeito afirma que o auxiliar não será candidato a prefeito com seu apoio e que deve atuar como um “bom coordenador de campanha”.

“Homero pode tirar da lista. Não é candidato. Quem está dizendo é Rosano Taveira da Cunha. Ele é um bom coordenador de campanha. Mas não é candidato. Giovani Júnior (secretário de Planejamento e Finanças) não é candidato. A gente não tem secretário candidato a prefeito”, diz.

Sobre os demais nomes cogitados, Taveira não descartou nenhum: a atual vice-prefeita Kátia Pires (União Brasil); o presidente da Câmara Municipal, Wolney França (PSC); os vereadores Irani Guedes (Republicanos) e Vavá Azevedo (PP); e o apresentador Salatiel de Souza. O atual prefeito disse ter conversado com alguns deles e recomendado que eles busquem viabilizar seus nomes.

“Já conversei com alguns pretensos candidatos. Eu disse: viabilize a candidatura. Quem sou eu para dizer que o candidato é Chico ou Antônio? Quem tem que dizer é a população. Agora, aquele que achar que o prefeito Taveira tem condições de ajudar, em 2023, no segundo semestre, com certeza a gente vai ter um candidato”, destaca.

O PORTAL DA 98 FM perguntou ao prefeito sobre que características ele vai levar em conta para decidir o candidato. Ele respondeu: “Não precisa ter voto não, porque vai trabalhar. Primeira coisa é lealdade. Isso eu vou olhar, você não tenha dúvida. A política tem muita traição. Eu observo lealdade. E o perfil do candidato. O passado dele em Parnamirim. Hoje não é só candidato. Com as redes sociais, precisa ter muito cuidado. Essas duas coisas. E seguir comigo”.

Durante a entrevista, o prefeito falou também sobre a eleição do filho Taveira Júnior (União Brasil) como deputado estadual, comentou a relação com a governadora Fátima Bezerra (PT) e apresentou suas expectativas sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que, das 167 cidades potiguares, só teve menos votos que Jair Bolsonaro (PL) em Parnamirim.

Veja:

PORTAL DA 98 FM: Como está seu relacionamento com a governadora e qual a importância da eleição de Taveira Júnior para Parnamirim?

TAVEIRA: Eu estou aqui há 6 anos. Me dou muito bem com a professora Fátima. Mas os investimentos do Estado aqui são praticamente zero. Aqui não tem uma obra do Estado. Inclusive, o Estado nos deve mais de R$ 10 milhões de basicamente saúde – UPA e a parte de medicamentos. Eu faço investimento com dinheiro do município, mas faz falta em outras coisas. A gente não tinha uma pessoa lá dentro, na Assembleia Legislativa, que representasse nosso município. A gente passou muito tempo órfão. Agora, a gente tem um deputado para cobrar, ir comigo junto.

PORTAL DA 98 FM: Com Taveira Júnior deputado, Parnamirim e o Governo do Estado terão parcerias?

TAVEIRA: A gente já teve algumas conversas com a governadora. Eu não faço questão de fazer parceria. Eu sei as condições do Estado. Se eu estou aqui como gestor, a governadora deve ser republicana. E eu estou aqui pronto para fazer parceria administrativa. Política, não. Mas parceria administrativa é comigo mesmo.

PORTAL DA 98 FM: O deputado eleito fará parte da base da governadora?

TAVEIRA: Não sei. Quem tem que falar é ele. O deputado é ele.

PORTAL DA 98 FM: Mas o pai dará conselhos.

TAVEIRA: Sim. Não é à toa que eu estou lendo o Regimento Interno da Assembleia para dar umas orientações, como mais velho. Não quer dizer que eu seja mais experiente, até porque ele tem um carisma que eu não tenho e é mais político.

PORTAL DA 98 FM: O que o senhor espera da atuação dele?

TAVEIRA: Acredito que o que for bom para o Estado eu tenho certeza que ele vai saber fazer. E eu estou aqui para orientá-lo. Vou estar aqui orientando ele, devido ao tempo que a gente já tem na política.

PORTAL DA 98 FM: O senhor segue no Republicanos?

TAVEIRA: Com a vinda de Álvaro Dias (prefeito de Natal e já indicado como presidente estadual do Republicanos), eu acredito que vou ficar no Republicanos. Tenho 17 anos no Republicanos e não gosto de ficar trocando de partido. E é um partido sempre de centro. Meu caminho é por aí. Sou um cara altamente moderado. Votei em Jair Bolsonaro, não me arrependi em momento algum, mas não fui radical. Não saí brigando no meio do mundo.

PORTAL DA 98 FM: O que o senhor espera do Governo Federal com Lula presidente?

TAVEIRA: A gente tem várias emendas lá. Inclusive, o deputado federal General Girão, no apagar das luzes (do governo Bolsonaro), repassou R$ 3,5 milhões para pavimentação. Vou calçar Cajupiranga todinha com esse dinheiro. Temos várias emendas em andamento. Eu acredito que não vai ter problema. Mas, mesmo assim, a gente se preparou. Não tem o pessoal que faz politicagem? ‘Olha, presidente, esse foi o único onde o senhor não ganhou’. Pode acontecer. Espero que não. Mas estou preparado.

PORTAL DA 98 FM: De que maneira?

TAVEIRA: Eu tinha um orçamento na Câmara pensando que meu candidato ia ganhar a eleição para presidente. Na hora que ele perdeu, eu trouxe o orçamento da Câmara e fui à Caixa. O município tinha direito, devido à capacidade de pagamento. Tinha R$ 100 milhões para obras de infraestrutura. Peguei mais R$ 150 milhões para ficar standby. Porque pode acontecer (represália).

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