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[VÍDEO] Carlos cita exemplos e diz que aliados de Rogério receberam mais verba, mesmo sendo de cidades menores: “Critério eleitoreiro”

Candidato do PDT ao Senado, Carlos Eduardo Alves - Foto: Reprodução

O candidato do PDT ao Senado, Carlos Eduardo Alves, se pronunciou pela 1ª vez sobre a ação que protocolou na Justiça Eleitoral contra o adversário Rogério Marinho (PL), por supostas práticas de abuso de poder político e econômico.

Em entrevista ao podcast Dido Cast, o candidato afirmou que a ação busca combater o “critério eleitoreiro” que ele diz ter sido estabelecido por Rogério Marinho para enviar verbas ao Rio Grande do Norte quando era ministro do Desenvolvimento Regional.

Para fundamentar o argumento, ele cita que São Tomé, cidade administrada por um aliado de Rogério Marinho (o prefeito Babá Pereira), recebeu mais recursos do que Currais Novos, que é administrada pelo prefeito Odon Júnior (PT). Currais Novos tem uma população quatro vezes maior do que São Tomé, mas recebeu menos verbas, segundo a apuração de Carlos.

O candidato do PDT disse ser a favor do envio de recursos para os municípios, até mais do que os que foram enviados, mas desde que seja com critérios justos. “A distribuição de recursos do Governo Federal para os municípios do nosso estado não está obedecendo a um princípio republicano. Para ser bem prático, o município de São Tomé recebeu R$ 6 milhões, com 10 mil habitantes. Já o município de Currais Novos, com 45 mil habitantes, recebeu R$ 900 mil”, afirmou o candidato.

Segundo o candidato do PDT, o exemplo deixa claro que o critério não foi técnico. “Eu quero saber porque aqueles que não comungam, não acompanham o Governo Federal foram discriminados. Eu não critiquei o valor que eles receberam. Eu quero apenas clareza na aplicação dos recursos. Eu quero saber porque uns municípios receberam e outros não. Por que uns receberam tanto e outros tão pouco?”, enfatizou.

“Eu não estou contra terem recebido. Agora, eu quero clareza e transparência. E saber que critério é esse. A gente já sabe que o critério é eleitoreiro, para votar no candidato do Bolsonaro no RN”, destacou o ex-prefeito de Natal.

Combate ao orçamento secreto

Segundo Carlos Eduardo, o problema só ocorreu por causa do instrumento do “orçamento secreto”, como foi batizado o envio de verbas aos municípios através das emendas de relator. O candidato se comprometeu a trabalhar pela derrubada do instrumento caso seja eleito senador.

“Um dinheiro, para ser gerido pelo Estado, tem que obedecer ao princípio da transparência e da fiscalização da sociedade. No orçamento secreto, é quando o recurso ninguém sabe o autor de quem apresenta a emenda, ninguém sabe o valor da emenda e ninguém sabe o objeto da emenda. O orçamento secreto, além de não se conhecer o autor, o valor e nem o objeto, passa direto para a conta dos prefeitos e você não sabe qual o critério”, complementou.

Carlos Eduardo disse que, quando foi prefeito de Natal, o Governo Federal à época respeitava critérios técnicos para envio de verbas.

“Eu fui prefeito na época em que Lula administrativa e a presidente Dilma governava. Nunca houve discriminação ou privilégio para prefeitura a, b, c ou d. Havia um princípio equitativo, obedecia a padrões de população, de realidade social, econômica. Isso sempre foi obedecido. Com o instituto do orçamento secreto, quebrou essa regra e é uma regra injusta”, pontuou.

“O meu compromisso é derrubar o orçamento secreto. Esse é um orçamento para comprar votos, não é para levar a efeito projetos para melhorar a vida da população. Qual é a transparência? Não existe. Segundo, quem define a prioridade é a prefeitura. Temos que acabar com o orçamento secreto”, finalizou.

Veja vídeo:

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