Na véspera do fim do seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 30, que “nada justifica” o ato terrorista em Brasília, quando um homem plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal.
“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto”, afirmou o presidente. “O elemento que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação”, completou.
No último sábado, 24, um gerente de posto de combustível do Pará foi preso e confessou ter armado o artefato, alegando que queria “provocar o caos” em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, é apoiador de Jair Bolsonaro e tem conexões com outros bolsonaristas que acampam em frente ao Quartel General do Exército com apelos golpistas contra a eleição de Lula.
Desde a derrota de Bolsonaro, apoiadores do atual governo tem acampado no quartel general do Exército, em Brasília, e em outros prédios vinculados aos militares em diversas cidades do País. Sem aceitar a vitória de Lula, alguns insistem em pedir um golpe das Forças Armadas para impedir que o petista assuma o governo.
Ao longo da live, Bolsonaro disse que “hoje em dia, se alguém comete, um erro é bolsonarista”. “Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista na região do aeroporto”, afirmou o presidente. “O elemento que foi pego, graças a Deus, que não coaduna com nenhuma situação, mas classificam como bolsonarista. É o modo de tratar”, completou.
Bolsonaro abriu uma live, depois de semanas longe das transmissões ao vivo, para fazer um balanço de seu mandato, que termina no sábado (31). Durante o pronunciamento, comparou sua gestão com aquela que está sendo montada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “opositor”.
Segundo Bolsonaro, seus ministros são “técnicos”. “Compare os nossos ministros com os indicados pelo opositor”, disse.