O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou nesta quinta-feira (19) que nomeará para as universidades e institutos federais os reitores escolhidos pelas próprias instituições. As universidades costumam promover processos de “consulta”. Professores, funcionários e alunos votam em um processo semelhante à eleição.
O presidente da República, porém, não é obrigado a nomear os escolhidos nesses processos. Jair Bolsonaro (PL), quando governou, escolheu reitores que não eram os favoritos de suas instituições. A gestão do ex-presidente teve uma série de conflitos com as universidades.
Em 2020, o então presidente nomeou para a reitoria da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) a professora Ludimilla Oliveira, que ficou em terceiro lugar na consulta à comunidade acadêmica. Ela estava presente no encontro, assim como os reitores Daniel Diniz (UFRN) e José Arnóbio (IFRN).
“Não pensem que o Lula vai escolher o reitor que ele gosta. Quem tem que gostar do reitor são os professores da universidade, os funcionários da universidade, a comunidade universitária que tem que saber quem é que pode administrar bem”, declarou o presidente.
Lula falou em reunião no Palácio do Planalto com reitores de universidades e institutos federais.
“A autonomia universitária será garantida nesse mandato nosso inteiro”, disse Lula. “Vocês vão ter o direito de ser responsáveis. Porque quem é eleito para ser reitor, é gostoso ser eleito, mas também deve ser gostoso ter responsabilidade com o dinheiro da universidade, com a administração da universidade e com o zelo pela universidade”, completou.
Na mesma reunião antes de Lula tocar no assunto, o ministro da Educação, Camilo Santana, havia dado declaração sobre o tema.
“O presidente Lula já disse que vai respeitar e vai nomear todos os reitores que forem escolhidos pela comunidade acadêmica nas suas consultas”, disse o ministro da Educação.