O deputado federal Sargento Gonçalves voltou a defender nesta segunda-feira (26) que o PL tenha candidatura própria à Prefeitura do Natal, em vez de apoiar o nome de Paulinho Freire (União Brasil).
Em entrevista à 98 FM, o parlamentar afirmou que respeita a “hierarquia” do partido e a liderança do senador Rogério Marinho, presidente estadual do PL, mas que “ordem absurda não se cumpre”. Ele disse que, se o PL insistir com Paulinho Freire, ele não deverá participar da disputa municipal.
“O presidente, no caso o senador Rogério Marinho, já se definiu pelo nome de Paulinho. Eu estou nos últimos suspiros tentando convencer para que tenhamos uma candidatura própria. Somos um partido grande. Deveríamos ter o protagonismo. Temos 3 deputados federais, 1 senador da República, 2 deputados estaduais, 20% do tempo de TV e dos recursos do fundo eleitoral. Por que ficarmos como coadjuvantes nas duas principais cidades do nosso estado, Natal e Mossoró? Entendo a necessidade de composição, mas não como coadjuvantes”, afirmou Sargento Gonçalves.
O deputado federal afirmou que sua posição não é uma “insubordinação”, mas sim uma defesa legítima. “É apenas o direito sagrado da liberdade, de poder expressar a opinião. Eu, enquanto eleitor, tenho direito de escolher meu voto”, enfatizou o deputado.
O parlamentar diz ter resistência ao nome de Paulinho Freire porque o deputado do União Brasil votou majoritariamente com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o ano de 2023. “Ele votou contra pautas importantes que eu defendo com muita convicção. Fica difícil e eu não consigo compreender. Como a gente negocia com Gonçalves? A gente é valores, princípio”, declarou.
Ele disse que toparia apoiar Paulinho Freire, mas apenas em um eventual segundo turno.
“Eu tenho mais de 20 anos de militar. Fui policial militar por 19 anos, também das Forças Armadas. Sou muito de respeitar disciplina e hierarquia, mas a regra básica no militarismo, quando a chega no primeiro dia, é: ordem absurda não se cumpre. Então, se é algo que eu considero absurdo, não tenho necessidade de cumprir”, finalizou.