O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado, disse que o Brasil vive um “Estado de exceção”. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (16), em entrevista à 98 FM, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ir à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
“Nós temos hoje no Brasil um Estado de exceção. Nós temos pessoas que foram presas por crime de opinião, nós temos a censura prévia institucionalizada no Brasil, nós temos um Judiciário que está legislando, juízes que falam fora dos autos, que não respeitam o direito dos seus advogados, que impedem a manifestação dos seus advogados de defesa no pleno do tribunal, que suprimiram as instâncias. Mas aí é uma decisão que já esperamos. É a crônica de uma morte anunciada”, afirmou o senador.
Rogério Marinho refutou os argumentos de Moraes e acrescentou que a decisão só mostra que “falta imparcialidade” ao ministro do STF. “Ele é o juiz que vai julgar e já está dizendo que vai condenar. ‘Fulano pode querer fugir’. Então ele já sabe por que ele vai fugir. Porque ele já decidiu que Bolsonaro será condenado”, afirmou o senador potiguar.
Na decisão que impediu Bolsonaro de ir à posse, Moraes ressaltou que há possibilidade de “tentativa de evasão” de Bolsonaro “para se furtar à aplicação da lei penal”. Moraes destacou inclusive que Bolsonaro vem defendendo a fuga do País e o asilo no exterior para os diversos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
O senador do PL do RN aproveitou para emendar uma crítica à duração de inquéritos que tramitam no Supremo. “Aliás, não há nenhuma imparcialidade nesse processo. Esse juiz é o que se diz vítima do processo, é o acusador, é o grande xerife da República. Nós estaremos, no dia 15 de março, agora de 2025, comemorando seis anos do inquérito dos fake news, seis anos do inquérito que deveria durar 30 dias”, completou.