É fato que a temporada 2020 vai terminar em 2021, principalmente as Séries A e B, cujos clubes não admitem mudança na fórmula de disputa. Querem manter os 38 jogos, para evitar cortes nas cotas da televisão, já que menos jogos representa diminuição nos valores a serem pagos pela emissora que detém os direitos.
E os Estaduais? Fica cada vez mais forte o entendimento que todos devem ser concluídos, já que para a grande maioria faltam poucos jogos.
Um problema a ser solucionado pela grande maioria dos clubes e federações, é a questão dos contratos, já que clubes liberaram atletas.
E no tocante aos Estaduais e ao futebol de um modo geral no Brasil, a volta deverá ser de portões fechados, sem a presença de público, pelo menos na fase inicial da retomada.
Conversei por telefone com Felipe Augusto Leite, presidente da FENAPAF, que segue acompanhando o cenário e mantendo contatos com os sindicatos estaduais
” Tudo ainda é muito embrionário. Ninguém tem condições de dizer neste momento quando teremos a volta do futebol. O que sabemos é que os clubes estão ansiosos, os atletas querendo trabalhar, e os prejuízos técnicos e financeiros se avolumando, mas não podemos de forma nenhuma precipitar ou cravar uma data para voltar. Cada estado tem seus decretos, tem suas peculiaridades. Concordo que os clubes não aguentam muito tempo parados, mas é preciso cautela e consenso para qualquer decisão”
Ouvindo sindicatos
” Qualquer decisão que sair da FENAPAF em nível de sugestão para a CBF somente depois que a gente ouvir todos os sindicatos. Não é o presidente Felipe Augusto que vai tomar uma posição isolada e ponto. Nunca! Ouço os sindicatos, ouço os atletas, os líderes dos atletas para ai sim, formatar uma sugestão e apresentar, mas tudo o que sai da FENAPAF, só depois de ouvir os sindicatos de cada estado”.
Preocupação
” Claro que estou preocupado. Estou muito preocupado com tudo o que está acontecendo, com os atletas que estão vivendo um momento de incerteza, com os clubes que correm riscos de quebradeira, estou muito preocupado. Estamos todos no meio de uma mesma tempestade e somente com união, entendimento e com cada um cedendo um pouco é que vamos conseguir superar os efeitos da pandemia”.