Todos acompanharam o que aconteceu em meio à confusão na partida entre PSG x Istanbul Basaksehir, pela Liga dos Campeões ontem (08), com o banco do time turco pedindo cartão amarelo para Kimpembe, o quarto árbitro da partida, Sebastian Colţescu, proferiu uma ofensa racial a George Webó, ex-jogador e assistente técnico do clube.
O que aconteceu à partir daí, porém, foi histórico, ainda que tenha acontecido após mais um momento extremamente triste de racismo no futebol: liderados por Demba Ba, atletas de ambas as equipes abandonaram o gramado e se recusaram a jogar após o caso.
Inicialmente, o árbitro Ovidiu Hategan, chamado pelo quarto árbitro, havia expulsado Webó. Demba Ba, que estava no banco, porém, se indignou com o ocorrido, assumiu o controle da situação e explicou para o árbitro e para os jogadores de ambas as equipes o que havia acontecido.
Assim, após rápida conversa, jogadores de ambas as equipes decidiram abandonar o gramado. Tanto o delegado da Uefa quanto o diretor de futebol do PSG, Leonardo, também desceram das tribunas para entender o que estava acontecendo.
Do blog
O que aconteceu talvez sirva como um divisor de águas para os casos de racismo que se avolumam no futebol mundial e que são vistos por muitos como algo “normal” como se um campo de futebol fosse um território sem lei e onde vale tudo. Não é assim!
Injúria racial, racismo são crimes em qualquer lugar do mundo, e o futebol por mais passional que seja não tem mais espaço para nenhum tipo de preconceito ou discriminação.
O que aconteceu ontem foi histórico, vai ficar marcado para sempre e deve servir como exemplo.
A partida será retomada nesta quarta-feira.