Da Redação da 98 FM
Montado pela Prefeitura do Natal no auge da 1ª onda de Covid-19, o Hospital de Campanha da Via Costeira – exclusivo para pacientes com coronavírus – pode ficar como legado para a cidade quando passar a pandemia, apesar de a ideia inicial era de que o hospital fosse provisório. A informação foi confirmada nesta terça-feira (3) pelo prefeito Álvaro Dias (PSDB), que afirmou estudar a possibilidade.
No entanto, o prefeito declarou que, para compensar o gasto do hospital para os cofres públicos, leitos em outras unidades devem ser desativados, especialmente na Maternidade Araken Pinto (Tirol) e no Hospital Municipal de Natal (Petrópolis). A ideia de Álvaro Dias é que, quando acabarem os casso de Covid-19, os serviços prestados pela Araken Pinto e pelo Hospital Municipal passem a funcionar na estrutura que foi montada para o Hospital de Campanha.
Para isso acontecer, porém, é necessário que a Justiça do Trabalho autorize a prefeitura a continuar ocupando o espaço. O hospital custa R$ 4 milhões/mês e funciona no antigo Hotel Parque da Costeira, que está de posse do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-21) prestes a ir a leilão para pagamento de dívidas dos antigos proprietários. A cessão para o Município é provisória.
Em entrevista à TV Tropical, Álvaro Dias registrou que vai buscar junto ao TRT a extensão do prazo para ocupação da unidade.
“A nossa ideia, e conversamos com o presidente do TRT, é a gente ficar com o Hospital de Campanha e procurar transferir para lá algumas unidades de internamento. Por exemplo, a Araken Pinto, o Hospital Municipal perto da Januário Cicco… Transferir e unificar todos eles no Hospital de Campanha”.
Álvaro Dias (PSDB), prefeito de Natal
Segundo o chefe do Executivo da capital, o projeto é permanecer com essa estrutura funcionando até que seja construído o novo Hospital Municipal, em prédio próprio. O projeto da nova unidade – que deverá ser construída em Cidade Satélite – já está pronto e aguarda o envio de recursos do Ministério da Saúde para início da execução.
“Enquanto não construirmos o novo Hospital Municipal, mantemos o Hospital de Campanha transferindo para lá as outras unidades de tratamento e hospitalar da prefeitura”, finalizou o prefeito de Natal.