Tiago Rebolo
Da Redação da 98 FM
O comitê científico que assessora o Governo do Estado nas ações de enfrentamento à pandemia atualizou nesta terça-feira (27) a classificação de risco nos municípios potiguares para contágio pela Covid-19 e agravamento da situação nos hospitais.
Com a nova avaliação, os três maiores municípios do Estado – Natal, Mossoró e Parnamirim – entraram na “zona verde escuro”, o que significa risco moderado da pandemia. É a 2ª melhor classificação, atrás apenas da “zona verde claro”, que representa risco baixo.
Na prática, a nova classificação de risco permite que os eventos de massa sejam retomados nessas cidades. A liberação já estava valendo desde a última sexta-feira (23) para todo o Estado através de um decreto da governadora Fátima Bezerra (PT), mas limitada aos municípios que estão nas zonas verde escuro e verde claro (risco baixo ou moderado).
Cidades que estão nas zonas amarela, laranja ou vermelha – as outras três classificações de risco consideradas pelo comitê científico – não podem retomar esse tipo de evento por enquanto.
Para chegar à classificação de risco, batizada de “indicador composto”, os pesquisadores levam em consideração o panorama da pandemia e a capacidade de resposta do Estado. São levantados dados relacionados a contaminação, evolução para formas graves, ocupação de leitos e testagem.
Na nova avaliação, que vale por uma semana, 117 municípios ficam nas zonas verde escuro e claro, o que representa 70% do total de cidades do Estado. Na semana passada, eram 91 cidades – portanto, 26 municípios tiveram melhora nos indicadores da pandemia nos últimos 7 dias, casos de Natal, Mossoró e Parnamirim.
Nas zonas amarela e laranja, estão os outros 50 municípios do Estado, com destaque para cidades importantes como Caicó, Santa Cruz, Apodi e Pau dos Ferros. Não há nenhuma cidade na zona vermelha.
Na Região Metropolitana de Natal, apenas duas cidades não estão na zona verde: Extremoz e Nísia Floresta (que estão na zona amarela).
Confira abaixo o mapa com a classificação de risco
Pode ter evento de massa:
Nível 1: Risco Baixo – Cor Verde Claro
Nível 2: Risco Moderado – Cor Verde Escuro
Não pode ter evento de massa:
Nível 3: Risco Médio – Cor Amarela
Nível 4: Risco Alto – Cor Laranja
Nível 5: Risco Extremo – Cor Vermelha
Como devem ser realizados os eventos
O decreto estadual estabelece cinco fases para a retomada dos eventos de massa, sociais e recreativos. O primeiro entrou em vigor no dia 23 de julho, quando passaram a ser autorizados eventos com até 20% da capacidade do local, limitado a 150 pessoas.
I – Fase 1: a partir de 23 julho de 2021, observada a ocupação máxima de 20% (vinte por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 150 (cento e cinquenta) pessoas;
II – Fase 2: a partir de 6 de agosto 2021, observada a ocupação máxima de 40% (quarenta por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 300 (trezentas) pessoas;
III – Fase 3: a partir de 20 de agosto de 2021, observada a ocupação máxima de 60% (sessenta por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 450 (quatrocentos e cinquenta) pessoas;
IV – Fase 4: a partir de 3 de setembro de 2021, observada a ocupação máxima de 80% (oitenta por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 600 (seiscentas) pessoas;
V – Fase 5: a partir de 17 de setembro de 2021, permitida a ocupação de 100% da capacidade do local.
Em todos os casos, só pode haver realização em cidades classificadas como risco baixo ou moderado. Além disso, os organizadores deverão seguir o Plano Básico de Segurança Sanitária de Condutas para a Retomada do Setor de Eventos no Rio Grande do Norte.
Além da condição de que o indicador esteja de acordo com o evento que será realizado, todos eles, se realizados com público inferior a 450 pessoas, deverão ser comunicadas previamente à Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed).
Caso o público seja previsto entre 450 e 600 pessoas, ficam condicionadas à autorização prévia após requerimento encaminhado ao Gabinete Civil. Já para eventos com público superior a 600 pessoas, ficam condicionadas à autorização prévia da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).