O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), capitão da reserva da Polícia Militar, defendeu nesta segunda-feira (26) a instalação de câmeras no fardamento de policiais em serviço, como uma medida para reduzir casos de violência praticados por agentes de segurança.
Em entrevista à 98 FM Natal, o senador sugeriu à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) que use emendas parlamentares enviadas por ele para a compra dos equipamentos. Ele disse que a pasta tem à disposição R$ 2,5 milhões.
A defesa de Styvenson acontece após um policial militar agredir uma mulher durante uma ocorrência em Santo Antônio, no interior do Rio Grande do Norte. O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação de um vídeo nas redes sociais que mostra o momento da agressão. Os policiais envolvidos no episódio foram afastados por ordem da governadora Fátima Bezerra (PT).
“Se não houvesse aquela câmera (do celular), seria mais uma violência policial que a gente não tem consciência, certeza e não chega até a imprensa ou visão das redes sociais. Uma câmera acoplada a um policial 24 horas pode ser um grande elemento de coagir, evitar, reduzir a violência policial, as extorsões, alguma coisa que o policial errado possa fazer. Não estou fazendo defesa da polícia. Estou fazendo defesa do bom policiamento”, afirmou o senador.
Durante a entrevista, Styvenson também pediu desculpas pelo comentário feito durante o fim de semana sobre o caso. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o senador chegou a dizer que não sabia o que a mulher teria feito para “merecer” os tapas.
“Fui infeliz na fala? Fui. Usei o vocabulário equivocado, errado? Usei. Usei o verbo merecer, usei ‘tapas bons’ no quesito de ser firme, contundente feita pelo policial militar. Mas durante a fala se contextualizar, eu busco querer entender o motivo daquela violência”, afirmou.
O senador disse que apurou o que aconteceu na ocorrência e que conversou com o PM envolvido e que o agente contou que perdeu a cabeça e está arrependido de ter cometido a agressão.
“Eu me arrependo, estava numa live espontânea, muitas vezes por ser muito prematuro na política acho as vezes que posso me posicionar como policial militar”, ressaltou o senador.
Styvenson pontuou ainda que nunca propagou e nem cometeu violência contra mulheres e ainda citou a nota de repúdio da bancada feminina no Senado em relação às suas falas. “Me espantou porque eu não fui procurado para explicar o que aconteceu”, disse.