O júri popular da garota de programa e de dois homens acusados do assassinato do coronel aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), Roberto Perdiza, de 71 anos, foi iniciado nesta quarta-feira (8), em Natal. As informações são do g1 RN. O crime aconteceu em 2022.
Jerusa Linda dos Santos (conhecida como Gabriela), Washington da Silva e José Rodrigues da Silva, apontado como motorista do veículo onde o coronel foi assassinado, respondem a acusações do MPRN por homicídio qualificado, furto e ocultação de cadáver.
Para o MP, os três acusados estavam no carro no momento do assassinato e participaram juntos dos três crimes denunciados.
As defesas de José Rodrigues e de Washington da Silva dizem que os acusados confessaram participação em parte do crime, mas negaram que tenham participado do homicídio. A defesa de Jerusa dos Santos nega todas as acusações.
De acordo com o MPRN, após o crime a garota de programa teria usado as redes sociais da vítima por semanas para se passar por ele e tranquilizar familiares dele, que moram em São Paulo. A mulher também teria sacado dinheiro da conta e tentado vender o apartamento da vítima.
O crime
O crime aconteceu em agosto de 2022. A vítima, coronel Roberto Antônio Perdiza, militar aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), tinha um relacionamento com Jerusa dos Santos. Segundo a investigação, ela teria dito que era de outro estado e não tinha onde morar e, por isso, Perdiza havia oferecido o próprio apartamento, localizado em Ponta Negra.
As últimas imagens registradas do coronel mostram ele deixando seu apartamento para se encontrar Jerusa em um bar no dia 30 de agosto de 2022. Com a ausência do morador, após uma semana depois, o porteiro do edifício estranhou e entrou em contato com os familiares do militar, que moram em São Paulo. Contudo, os familiares do aposentado informaram que estavam recebendo mensagens e fotos dele.
Foi então que um advogado próximo à vítima parou de receber informações e começou a desconfiar da situação. Ele confirmou que chegou a falar com Jerusa para saber se tinha ocorrido algo, mas ela o informou que os dois estavam bem e que pediria para o coronel entrar em contato com o amigo. Entretanto, ao entrar em contato, o advogado notou que havia recebido um áudio antigo de Roberto Perdiza, e contatou a Polícia Civil.
De acordo com a investigação da corporação, Jerusa teria contratado um homem, identificado como José Rodrigues, para matar o coronel aposentado. O crime aconteceu no dia em que Perdiza foi visto pela última vez.
O corpo foi encontrado três meses depois em avançado estado de decomposição, sem a cabeça e as mãos, em um terreno localizado fora de Natal.
*Com informações do g1 RN