
Três homens foram presos nesta terça-feira (28), em Mossoró, suspeitos de formar uma quadrilha especializada em roubos de cargas. De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso havia acabado de roubar um carregamento de eletrônicos avaliado em mais de R$ 1 milhão.
A prisão aconteceu após intensa perseguição policial e troca de tiros. De acordo com a polícia, dois presos têm 20 anos de idade e o outro tem 24 anos.
O roubo da carga ocorreu na cidade de Jaguaribe (CE), onde os criminosos, utilizando um Fiat Uno branco, interceptaram um caminhão carregado de eletrônicos e efetuaram disparos contra o veículo. Dois dos suspeitos, armados e portando um bloqueador de sinal veicular, renderam o motorista, encapuzaram-no e seguiram com o caminhão em direção a Russas (CE), enquanto os comparsas os acompanhavam no carro.
Ao chegarem a Russas, o caminhão foi bloqueado pelo sistema de rastreamento da carga, levando os criminosos a abandonarem o veículo e a vítima e fugirem em direção a Baraúna, no Rio Grande do Norte. A Polícia Civil foi acionada e iniciou uma operação para interceptá-los na RN-016.
Durante a abordagem, os suspeitos desobedeceram à ordem de parada e efetuaram disparos contra a equipe policial, que revidou. A perseguição se estendeu por aproximadamente 15 quilômetros, com os criminosos transitando na contramão por diversas vias, incluindo a BR-304 e a Avenida João da Escóssia. A fuga só foi interrompida na Avenida Diocesano, no bairro 12 Anos, em Mossoró, quando o veículo dos suspeitos apresentou uma pane mecânica e teve um pneu furado.
Os três homens tentaram fugir a pé, mas foram capturados pelos policiais. Um deles sofreu um ferimento na cabeça. Conforme avaliação médica do Hospital Tarcísio Maia e laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), o corte não foi causado por disparo de arma de fogo.
Com os suspeitos, foram apreendidos um revólver calibre .38, um bloqueador de sinal veicular e quatro aparelhos celulares, incluindo o pertencente à vítima.
Os presos foram autuados em flagrante e encaminhados à Cadeia Pública, onde permanecerão à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando o possível envolvimento do grupo em outros crimes semelhantes na região.