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Paralisação do Detran: Secretário diz que só discutirá aumento do vale-alimentação em junho

Secretário estadual de Administração, Pedro Lopes - Foto: Eduardo Maia / ALRN

O secretário estadual de Administração, Pedro Lopes, afirmou nesta terça-feira que o Governo do Estado não tem condições de negociar antes de junho o aumento do auxílio-alimentação reivindicado por servidores do Departamento estadual de Trânsito (Detran).

Nesta quinta-feira (6), servidores do Detran deverão fazer uma paralisação de 24 horas para cobrar o reajuste do auxílio. Além da paralisação, os servidores farão um ato público em frente à sede estadual do órgão, em Natal, a partir das 8 horas. A atividade é organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai-RN).

De acordo com os servidores, um acordo foi assinado em 2024 prevendo que as negociações começariam em janeiro, o que não aconteceu. Eles cobram que as conversas sejam retomadas.

Segundo Pedro Lopes, o governo reconhece o compromisso de iniciar o diálogo com os servidores, mas enfatiza que qualquer tratativa sobre reajustes, incluindo o auxílio-alimentação, só será viável a partir de junho deste ano. Ele afirmou que essa posição será formalizada em documento oficial.

O secretário explicou que essa decisão decorre de uma significativa perda de receitas pelo Estado, estimada em R$ 1 bilhão, no período de abril de 2024 a abril de 2025, o que desestruturou as finanças estaduais. “Infelizmente, isso desestruturou as contas. A gente só tem condição de conversar sobre possibilidade de reajuste a partir de junho”, destacou.

O Governo do Estado conseguiu o aumento do ICMS de 18% para 20%, o que deve elevar a arrecadação, mas a nova taxa só vai entrar em vigor em abril – com efeitos em maio. Daí o governo ter adiado as conversas com os servidores para junho.

A paralisação dos servidores do Detran-RN tem como objetivo cobrar o início das negociações para o reajuste do auxílio-alimentação, conforme acordo assinado em 2024, que previa o início das discussões em janeiro deste ano. Além disso, os trabalhadores manifestam solidariedade aos funcionários terceirizados que enfrentam atrasos nos pagamentos de salários e benefícios.

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