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Mulher que passou por cesárea no hospital Santa Catarina tinha “gravidez psicológica”, diz prefeitura

Hospital Santa Catarina, em Natal, onde paciente foi submetida a cesárea mesmo sem estar grávida - Foto: Francisco de Assis / CMN
Hospital Santa Catarina, em Natal, onde paciente foi submetida a cesárea mesmo sem estar grávida - Foto: Francisco de Assis / CMN

A mulher que passou por uma cirurgia de cesárea no hospital Santa Catarina sem estar grávida tinha, na verdade, síndrome pseudociese – nome técnico para o quadro de gravidez psicológica. A informação é da Prefeitura de Guamaré, onde a paciente recebeu os primeiros atendimentos.

Em nota publicada nesta sexta-feira (26), a prefeitura declarou que a mulher procurou o serviço de saúde apresentando documentos e laudos médicos supostamente falsos informando sobre a suspeita de gravidez. Devido à incógnita da equipe médica, ela foi encaminhada para avaliação primeiro no Hospital Regional de Macaíba e, depois, para o Santa Catarina.

“Diante das avaliações médicas, concluiu-se que a paciente estava vivenciando uma gravidez psicológica, conhecida como síndrome pseudociese ou falsa gravidez. Essa condição ocorre quando uma pessoa desenvolve sintomas de gravidez, mesmo não estando grávida”, informou a prefeitura.

Mesmo com o diagnóstico, a paciente teria retornado ao hospital de Guamaré relatando a gravidez, o que levou a um novo encaminhamento ao Santa Catarina para avaliação. Foi neste segundo atendimento que ela foi submetida a uma cesárea, momento em que foi identificado que não havia nenhum bebê. Não houve realização de exames antes da operação.

“Acrescenta-se que, durante as consultas de pré-natal, foi visto que a paciente não tinha evolução da altura uterina, ausculta de batimentos fetais e não tinha ganho de peso, mesmo após meses de suposta gestação. Todas essas informações estão registradas em prontuário eletrônico e os encaminhamentos e solicitações das ultrassonografias também foram registradas, desde o início, no cartão da gestante”, informou a prefeitura.

Na nota, a prefeitura disse que abriu uma sindicância para apurar o caso e que vai colaborar com todas as informações necessárias para elucidação do episódio.

Relembre o caso

Em nota nesta quinta-feira (25), a direção do hospital Santa Catarina informou que também está investigando o caso internamente.

A direção da unidade declarou que a mulher portava um encaminhamento com indicação de cesárea e cartão de pré-natal preenchido, além de laudos de ultrassonografia.

Após o procedimento, ao perceber que não havia gestação, os médicos tiveram acesso a um exame recente, que estava em posse da acompanhante, indicando que não havia gestação. Essa informação foi omitida pela paciente quando da entrada no hospital.

O Santa Catarina ressalta que “o padrão de atendimento é de que toda paciente que chega à instituição é atendida pela equipe no pronto-socorro, que faz a avaliação e encaminha para o centro obstétrico, realizando demais exames só quando forem necessários”.

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